
Na sua vida você é o herói. Ou você se arrisca e parte em direção a sua jornada pessoal ou fica na sua zona de conforto, sua bolha, ou zona de estagnação, como prefira chamar.
Eu acredito que seja bem mais arriscado viver na zona de conforto. Neste espaço dominado pelo comodismo, medo ou bloqueios, muita coisa tende a dar errado.
Desde muito nova eu decidi viver a jornada do herói. Sim, foi e ainda é difícil, mas eu aprecio cada pedacinho desta jornada e a pessoa que me tornei a partir dela.
A vida é a jornada que o herói percorre, com seus altos e baixos, formando a trama que é o viver. É o caminho do autoconhecimento, de buscar o desenvolvimento do que há de melhor em si.
O herói leva consigo o passado, que representa seus aprendizados e as pedras que foram encontradas ao longo do caminho e que o herói, às vezes, insiste em carregar.
As pedras representam as memórias negativas, as magoas, dores e ressentimentos que são guardados vivos na memória e no coração do herói. O peso que representam dificulta a jornada.
Aqui, sugiro que faça uma pausa e avalie se você carrega pedras em sua jornada e quais pedras são essas. Para seguir adiante é melhor que as deixe no caminho… para isso trabalhe o perdão e o desapego…
O herói segue sua jornada e mesmo que tenha deixado as pedras para trás, está sujeito a encontrar outras… elas fazem parte da jornada.
Mas o caminho não é feito apenas de pedras. O herói precisa ter a mente aberta para conseguir enxergar que sua jornada é um campo de possibilidades.
É a consciência do herói que define a amplitude do seu ângulo de percepção. Quanto mais amplitude alcançar a consciência do herói, mais rica será sua jornada.
Faça uma pausa e reflita sobre a amplitude da sua consciência. Você tem muitas convicções, certezas, tende a ver as coisas sempre sob a mesma perspectiva? Vive em um modelo 8 ou 80? Percebe que muitas situações que te desagradam são recorrentes na sua vida?
Lembre-se de que a mesma situação pode ser vista sob diferentes ângulos. Procure exercitar isso.
Então o herói segue sua jornada e procura aprender a lidar com as pedras do caminho. Nesta jornada descobre que muita coisa pode acontecer. Ao olhar adiante, sente no peito o temor, o medo, a dúvida. Quer tanto acertar. E na necessidade de fazer a escolha certa ele descobre a companhia da ansiedade. E tal qual as pedras do caminho ela dificulta a sua jornada.
A ansiedade faz com o herói não consiga enxergar as belezas do caminho, pois seu olhar está sempre um pouco a frente, tentando imaginar o que pode o esperar na próxima curva da jornada.
Se o herói quiser desfrutar da jornada, precisará ser mais forte que o medo do erro e da dor. O herói precisa entender que é na escuridão que ele poderá ter mais consciência da sua própria luz.
E assim, o herói segue sua jornada. Sua realização não está no fim da jornada, mas no caminho percorrido.
Seja mais um a seguir firme em sua jornada.
Sobre a autora
Giane é psicóloga junguiana com mais de 20 anos de experiência em interpretação dos sonhos. Apaixonada por simbolismo e autoconhecimento.